No meio do caminho tinha uma pedra... Não! Tinham buracos.

Quem não conhece o famoso poema do mineiro Carlos Drummond de Andrade? No meio do caminho. Pois é... de acordo Drummond no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho. Mas com as fortes chuvas que caíram em nossa região descobrimos que no meio do caminho só ficaram buracos, as pedras no caminho foram levadas pelas abençoadas águas.

No poema, Drummond tenta nos passar que as pedras são as dificuldades encontradas em nosso cotidiano, esses acontecimentos é a pedra, o empecilho, a encruzilhada, aquilo que nos tira o chão que pode ser o rompimento de uma relação amorosa, a competição predatória do sistema capitalista, a propaganda do hedonismo, a morte de um ente querido, um ato discriminatório, um golpe de estado, a queda na bolsa de valores, a descoberta de um câncer, enfim, pedras na nossa caminhada não faltam. 

Portanto, nada como a chuva para tirar essas pedras do caminho, nem que para isso fiquem os buracos, mas não há problemas, para os buracos nada como terra, uma pá, um carrinho de mão e muita disposição.
Quando para muitos a chuva é um transtorno, para o sertanejo nada mais é que a solução para tirar a pedra no meio do caminho.