USF de São Timóteo conta com atendimento de médico cubano.

Com a saída da jovem médica Nayara Abade Contiguiba, passou atender na Unidade de Saúde da Família de São Timóteo o médico cubano Donys Perez Ramirez. O médico recém chegado faz parte do programa do Governo Federal Mais Médicos.

Dr Ramirez tem desempenhado um bom trabalho no curto espaço de tempo que tem trabalhado na comunidade de São Timóteo, o mesmo é bastante experiente na área e já atuou em países do continente africano.

O Programa na qual Dr Donys Ramirez faz parte é alvo de investigação do Ministério Público do Trabalho, os procuradores investigam, entre outros pontos, a forma como os profissionais cubanos foram contratados para fazer parte, segundo divulgou o Jornal Nacional na edição de ontem (28/02).

De acordo JN o uso de mão-de-obra médica estrangeira é recorrente entre governos pelo mundo. Aqui no Brasil, o programa Mais Médicos já recrutou mais de seis mil profissionais e, desse total, 80% são cubanos.

Contratados por meio de um acordo entre o Governo brasileiro, os médicos cubanos recebem menos de 25% do salário pago aos outros integrantes do programa.

O governo brasileiro repassa à OPAS mais de R$ 10 mil por médico, por mês; o dinheiro vai para uma empresa ligada ao Ministério da Saúde de Cuba, que, por contrato, faz o pagamento. Os cubanos recebem por mês, US$ 1 mil, o equivalente a R$ 2.350,00. E só podem usar, no Brasil, US$ 400, ou seja, R$ 940,00. O restante fica retido pelo governo de Cuba.

Nem a OPAS nem o Ministério da Saúde informam onde vai parar a diferença de mais de R$ 8 mil por mês, entre o que o Brasil repassa e o que é efetivamente pago aos cubanos.

O programa tem duração de três anos, só no primeiro semestre, o Brasil repassou R$ 511 milhões para a entidade, para pagar bolsas aos participantes e despesas da OPAS, que não são publicamente detalhadas.