Por que não falar ao dono dos porcos?

Parecendo mais um dos contos de nossos romancistas brasileiros, Aluízio de Azevedo, Machado de Assis, José de Alencar, Graciliano Ramos, Lima Barreto, nosso conterrâneo personagem levou ao pé da letra a expressão "POR QUE NÃO FALAR AO DONO DOS PORCOS?". Expressão usada quando um determinado indivíduo quer cortar atalhos dentro de uma hierarquia e falar diretamente com o chefe imediato. 

O personagem de nosso conto não pensou duas vezes, resolveu arrumar suas malas e partir de "Os Sertões" de Euclides da Cunha e se dirigir ao Planalto Central, inspirado pela frase de um dos muros da sede da Associação local na qual passa em frente todos os dias onde diz: "O sertanejo é antes de tudo um forte", partiu com o espírito de patriotismo de Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto.

Chegando a Capital Brasileira, depois de sair de seu "O SOSSEGO" veste seu melhor terno e parte em direção ao Palácio do Planalto para expressar seu patriotismo e fazer suas revindicações assim como Quaresma fez ao entregar um Memorial com suas experiências ao Marechal Floriano Peixoto.

Mas nosso personagem acabou sendo contido no meio de sua caminhada, pois no "No meio do caminho tinha uma pedra" de Carlos Drummond de Andrade, que veio a ser arremessada em uma das vidraças da sede do Executivo Nacional.

Desta maneira nosso personagem fracassou ao de maneira esperta tentar cortar atalhos para "FALAR AO DONO DOS PORCOS" e acabou assim como Policarpo Quaresma fracassando diante seu patriotismo.