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Conselhos sem classe e professores acuados

Espaço do Leitor de A Tarde publicou a seguinte nota de Nilton Ribeiro da Silva, dia 30.01.2014, sob o título “O conselho de classe e o professor”:
O período do conselho de classe nas escolas públicas me faz lembrar o que disse o historiador Eric Hobsbawm: “Ser professor no Brasil é deprimente”. Sociedade! Por que vocês são tão indiferentes com a gente? Porque a educação no Brasil não é uma instituição respeitada como a Constituição, assim como fazem os americanos e outros povos que se respeitam.
Sociedade! Vocês não sabem como nós sofremos em sala de aula nas escolas públicas. E quando chega o período do conselho de classe, a humilhação se completa. Não entendo por que são tão covardes as coordenações pedagógicas e as direções das escolas. Nós, professores, ficamos carcomidos e desesperançosos! Sociedade, não seja omissa e indiferente com a nossa situação!
Algumas escolas públicas de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, estão em situação parecida. Nelas, o tal conselho, formado por diretores e professores, além da classe, também perdeu o pudor e a noção das regras que regem a gestão escolar e o exercício de função pública.

NÃO CUMPRE FINALIDADE

O conselho deveria avaliar o trabalho do professor e a aprendizagem do aluno, refletindo sobre a gestão escolar e o funcionamento da escola, mas tem se limitado a aprovar alunos faltosos, desinteressados e sem rendimento escolar, incluindo os que ameaçam, ofendem e agridem professores.
Raramente são observados os critérios e condições de aprovação nessa instância pedagógica e democrática. Não lhe cabe apenas decidir se determinado aluno merece ou não ser aprovados, sua finalidade é detectar eventuais dificuldades de aluno e professor, da gestão escolar e da própria instituição de ensino.
Professores estão doentes e acuados por alunos indisciplinados e agressivos, devido à covardia e negligência das coordenações pedagógicas e direção das escolas. Há alunos que vivem em famílias desagregadas e necessitam de medidas socioeducativas, outros tornam-se delinquentes na própria escola.
Casos de agressões e ameaças a professores, nas escolas, já estão chegando às delegacias de polícia e à Justiça. Em Bragança Paulistas (SP), um aluno, de 20 anos, 3º ano do ensino médio, foi condenado a pagar indenização de R$10 mil a uma professora por ter jogado casca de banana nela.
O juiz disse que a docente foi exposta ao ridículo, justo onde deve deter autoridade para ensinar, e que os jovens esquecem que também tem deveres. Já a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara Federal aprovou proposta que prevê punição para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento nas escolas.
TEXTO EXTRAÍDO DO SITE MANDACARU DA SERRA

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