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Velho Chico caduca às margens da seca.

Ao olhar o rio São Francisco se vê um "velho Chico" imponente em tamanho, porém impotente em capacidade e força. Considerado um dos maiores e mais importantes cursos d'água do Brasil e da América do Sul morre aos poucos, chegando alguns acreditar que poderá no futuro se tornar mais um rio temporário. Porém, difícil de acreditar, mesmo com os vários problemas que o assola  como a má distribuição de chuva no semi-árido brasileiro, caracterizado por uma média pluviométrica de 750 milímetros (mm). Mas não existe ano sem chuva, os anos mais secos dificilmente são inferiores a 200 mm.
É claro que há outros entraves, que tem feito com que o Velho Chico comporte cada vez menos água. Em alguns trechos o rio está muito raso, somado ao forte calor da região nordeste faz com que evapore muito mais rápido, outro fator tem sido transposições desordenadas, mal planejadas e inclusive inacabadas que tem feito com que levante questionamentos sobre a polêmica transposição do São Francisco.
Segundo pesquisas realizadas, a situação está mais complicada entre os estados de Sergipe e Alagoas, onde a areia das margens é depositada no fundo do rio, que vai ficando cada vez mais raso, sendo possível caminhar. Não tendo mais condições de contrapor já existe um mar dentro do rio. Inclusive já há registros, que por conta desta situação acabam encontrando mais peixes de água salgada do que doce no São Francisco.
Enfim, hoje o "Velho Chico" é mais um idoso sem casa e sem abrigo, andando de muletas e jogado à própria sorte, se é que pode usar muletas, já que nem braços tem, foram secos pela seca e pela exploração desordenada do bicho homem. Assim, caduca o Velho, cada dia mais velho às margens da caduquice e à beira da própria morte.



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